Preparamos um conteúdo especial sobre o tema que também reúne algumas personalidades negras femininas e suas principais contribuições sociais

Você sabia que 200 milhões de pessoas se identificam como afrodescendentes na América Latina e no Caribe? A informação é da Associação de Mujeres Afro. Contudo, tanto no Brasil quanto fora do país, essa parcela populacional também é a que mais sofre com a pobreza. 

Por isso, em 1992, um grupo de mulheres decidiu que era preciso se organizar e buscar iniciativas para reverter esses dados. Assim, criaram o primeiro Encontro de Mulheres Negras Latinas e Caribenhas em Santo Domingo, na República Dominicana. Na ocasião, foram abordados diversos desafios enfrentados por mulheres negras e alternativas para resolvê-los. 

Foi a partir desse encontro que nasceu a Rede de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-Caribenhas. Junto à Organização das Nações Unidas (ONU), a Rede lutou para o reconhecimento do dia 25 de julho como o Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha.

Desde então, diversas iniciativas e trocas de ideias para levar melhorias à população negra são realizadas em todo 25/7. E é claro que por aqui não seria diferente. 

Fica, vai ter roda de conversa 

No dia 26/7, temos um encontro online para falar sobre temas relevantes e ressaltar as conquistas de mulheres negras e latinas. O convite já foi enviado para o seu e-mail.  

E tem spoiler! Relembre, abaixo, três grandes personalidades negras brasileiras: 

Conceição Evaristo
Militante do Movimento Negro e um dos maiores nomes da literatura brasileira contemporânea, a mineira Conceição Evaristo é autora de ficções, poemas e contos, além de pesquisadora e ex-professora da rede pública de ensino.

As obras de Conceição trazem a vivência de mulheres negras como elemento principal e falam sobre o dia a dia de denúncias de opressão e racismo. O livro Olhos D’água (2014), vencedor do Prêmio Jabuti de 2015 – o mais importante do meio literário nacional – dá voz à população negra brasileira que convive com a pobreza e a violência urbana.

Djamila Ribeiro 

Autora dos livros Lugar de Fala, Quem tem Medo do Feminismo Negro? e Pequeno Manual Antirracista, entre outros, com traduções para vários idiomas. Também é professora convidada da New York University (NYU) e da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

Desde 2022, é imortal da cadeira nº 28 da Academia Paulista de Letras. Em 2020, ganhou o Prêmio Jabuti, na categoria Ciências Humanas, pelo Pequeno Manual Antirracista.

Benedita da Silva

Socióloga que, ao longo de sua carreira, ocupou vários cargos políticos e se destacou como defensora dos direitos humanos e das causas sociais. Tornou-se a primeira mulher negra a governar um estado brasileiro, o Rio de Janeiro, e sua trajetória é um testemunho de perseverança. Atualmente, é deputada federal. 

*Fontes consultadas: Ministério da Cultura, UNICEF Brasil e Instituto Assistencial Meimei. 

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