6 de dezembro: Dia Nacional de Mobilização dos Homens Pelo Fim da Violência Contra as Mulheres

A história da data

O dia 6 de dezembro foi instituído, no Brasil, pela Lei nº 11.489/2007 como Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres. A data torna vivo na memória o atentado ocorrido em 1989, no Canadá, quando um homem assassinou 14 mulheres estudantes de engenharia em uma universidade de Montreal.

Após o ocorrido, diferentes grupos de homens no mundo todo se mobilizaram para criar espaços de conscientização e debate sobre as desigualdades entre homens e mulheres, envolvendo a promoção da igualdade de gênero, de relacionamentos não abusivos e uma nova visão da masculinidade. Com o tempo, a ação ganhou força e um nome, a Campanha do Laço Branco, que no Brasil é coordenada pela Rede de Homens pela Equidade de Gênero (RHEG).

Por que se mobilizar é tão importante?

Os números apontam uma situação calamitosa quando se trata de violência contra as mulheres. Conheça os principais dados divulgados pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública em julho de 2021:

  • Em 2020, a cada minuto alguém ligou para um centro de denúncias para relatar casos de violência doméstica contra mulheres.
  • Só o Disque 190 recebeu 694.131 ligações sobre violência doméstica, total 16,3% maior do que o ano anterior.
  • Foram registradas 105.821 denúncias nas plataformas do Ligue 180 e do Disque 100.
  • Houve 230.160 denúncias de casos de violência doméstica em 26 Unidades Federativas, totalizando ao menos 630 mulheres procurando ajuda por dia.
  • 2020 soma 1.350 casos de assassinatos motivados pelo gênero, um aumento de 0,7% referente ao ano anterior.
  • Entre as mulheres assassinadas, 61,8% delas eram negras e 81,5% dos crimes foram cometidos por companheiros ou ex-companheiros, sendo mais da metade realizados com o uso de arma branca (objeto cuja finalidade não é agredir ou matar).

A violência contra a mulher tem diferentes faces

A Lei Maria da Penha prevê cinco tipos de violência doméstica e familiar contra a mulher, são eles: física, psicológica, moral, sexual e patrimonial − Capítulo II, art. 7º, incisos I, II, III, IV e V.

Ancorada ao IMP (Instituto Maria da Penha), a Lei atua no enfrentamento dessas violências com campanhas de conscientização e informação. Uma das iniciativas é a divulgação do Ciclo de Violência, de modo que as mulheres saibam identificar as fases desse contexto de agressões. Por mais que os abusos possam ocorrer de diferentes formas, as fases costumam ter um padrão e acontecem no mesmo ciclo de ocorrências. Para saber mais, clique aqui e se informe: https://www.institutomariadapenha.org.br/violencia-domestica/ciclo-da-violencia.html

Onde os homens entram nessa luta

Primeiro é preciso entender que não há apenas um “combate” à violência doméstica e familiar contra a mulher, que foca na punição dos agressores, mas sim um enfrentamento, que compreende também a prevenção, a assistência e a garantia dos direitos das mulheres. Ou seja, trata-se de uma luta constante que deve envolver toda a população na reivindicação por condições melhores para a vida de todas as mulheres.

Diante disso, os homens podem se mobilizar a partir das seguintes dimensões:

  • Reveja os padrões de masculinidade impostos pela sociedade (recomendamos o documentário The Mask You Live In).
  • Não reforce estereótipos sexistas que culpabilizam a vítima.
  • Ouviu uma agressão na vizinhança? Denuncie!
  • Ofereça escuta e apoio sem julgamentos.
  • Questione como suas ações objetificam e desvalorizam as mulheres.
  • Busque informação e reconheça a gravidade da situação vivida por todas as mulheres.

Homens e mulheres: saibam quais são os canais para buscar ajuda e apoiem-se!

  • Ligue 190: use esse número para denunciar violências e solicitar a presença de uma viatura da Polícia no local e momento das ocorrências.
  • Ligue 180: use esse número para registrar denúncias, obter orientações para vítimas de violência, além de informações sobre leis e campanhas.
  • Centro de Referência de Atendimento à Mulher: espaço destinado a prestar acolhimento e atendimento humanizado às mulheres em situação de violência, com psicólogos, assistentes sociais, orientações gerais e encaminhamentos jurídicos.
  • Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher: unidades especializadas da Polícia Civil que realizam ações de prevenção, proteção e investigação dos crimes de violência doméstica e violência sexual contra as mulheres.
  • Mete a Colher: atendimento, apoio e orientações via redes sociais.
  • Instituto Maria da Penha – instituição voltada ao enfrentamento da violência doméstica e familiar contra a mulher (link supracitado).

Caso você precise de mais alguma orientação, converse com uma das assistentes sociais da KOFBR:

Gisele (gisele.marques@kof.com.mx) – SP Metrópole

Luciana (luciana.lucas@kof.com.mx) – Sumaré

Maria Fernanda (maria.tisatto@kof.com.mx) – SPOMS

Rafaela (rafaela.silva@kof.com.mx) – MG/RJ

Cristiane (cristiane.bogado@kof.com.mx) – RS/SC

Talita (talita.linzmeyer@kof.com.mx) – PR/SC

Violência contra a mulher: a gente mete a colher e a nossa voz!

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