Confira algumas informações de estudos sobre o tema.

Alguns estudos defendem que a língua que falamos pode nos ajudar a condicionar nosso cérebro para que tenhamos melhores ou piores hábitos financeiros. Mas como isso funciona? Confira a seguir.

Segundo o SPC Brasil, 76% das pessoas terminam o mês zeradas ou no vermelho e, entre os vários motivos, como falta de educação financeira e desigualdade social, segundo a ciência, há outro ainda mais subjetivo: a dificuldade do nosso cérebro de nos imaginar no futuro.

Nosso cérebro é condicionado a pensar em nós mesmos no presente e isso faz com que vejamos nosso “eu” do futuro como uma pessoa diferente. E, segundo, estudo da American Psychological Association, isso faz toda a diferença. Ao guardarmos dinheiro, pensamos no futuro. São os planos do ‘eu’ futuro que serão realizados, é a velhice do ‘eu’ futuro que será garantida. Mas se nosso cérebro enxerga essa pessoa como alguém separado de nós, fica mais difícil de se dedicar a essa tarefa.

O que o idioma tem a ver com a saúde financeira? 

De acordo com cientistas, falantes de um idioma que usa a mesma conjugação verbal para frases no futuro e no presente – como é o caso dos chineses e dos alemães, por exemplo – tendem a economizar mais. Como eles falam sobre o presente e o futuro da mesma forma, o cérebro é “treinado” a pensar sobre ambos com o mesmo grau de importância.

Já no português é diferente, assim como no francês e no espanhol, entre vários outros. Nós usamos tempos verbais diferentes para nos referirmos ao presente e ao futuro. 

Em outras palavras: um dos fatores que dificultam a economia de dinheiro é que valorizamos o presente em detrimento do futuro. É como aquela ‘vozinha’ no fundo da cabeça dizendo “por que guardar se você não sabe o que vai acontecer amanhã?”.

Como superar esse fator e “hackear” o cérebro?

1 – Pense no custo de oportunidade. 

Quando você faz uma escolha, invariavelmente, está abrindo mão de outra coisa. Nas ciências econômicas, isso é chamado de “custo de oportunidade”. Antes de comprar qualquer coisa, pergunte-se sempre: “do que estou abrindo mão para fazer essa compra?”. Se for algo importante, talvez seja melhor repensar o gasto. De qualquer forma, é uma maneira de parar e pensar se a despesa vale a pena e, dependendo do caso, evitar uma compra por impulso.

2 – Fique de olho no poder da comparação

Estabeleça tetos de gastos. Quando for comer fora de casa, estipule uma quantia máxima que pode gastar. Para comprar algum produto, pesquise bem quanto ele vale e não se permita pagar mais.

3 –  Aproveite momentos de transição

Existe um conceito na psicologia chamado “fresh start effect” – em tradução livre, “efeito do novo começo”. Basicamente, ele explica como momentos de transição, ou inícios de novos ciclos, nos tornam mais propensos a ir atrás dos nossos objetivos. 

Identifique esses períodos na sua vida e tire proveito deles. Se o seu aniversário é daqui a alguns meses, por exemplo, você pode estabelecer uma meta para economizar uma certa quantia até lá. Coloque lembretes regulares (quinzenais, por exemplo) no seu celular para ir cobrando-se no meio do caminho.

 

Que tal iniciar o ano com novas metas e conhecimento sobre sua situação financeira? 

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