O começo do ano muitas vezes é um momento em que as contas parecem multiplicar. Além das contas recorrentes, como água, luz, celular, internet etc., também chegam as “novidades”: IPVA e IPTU. Mesmo com a possibilidade de parcelamento desses impostos, será que vale a pena pagar dessa forma ou pagar à vista é melhor?
Para decidir, você precisa avaliar a existência e a porcentagem de juros no valor do imposto. A fórmula é bem simples:
Valor à vista < Valor parcelado = Juros embutido
Ou
Valor à vista = Valor parcelado = Sem juros
Para facilitar o entendimento, vamos usar o IPVA do estado de São Paulo (lembrando que o valor e as porcentagens de desconto podem variar de estado para estado):
Valor do IPVA: R$ 1500,00. Desconto à vista: 3%.
Valor à vista: R$ 1455
1455 < 1500 = Juros embutido de aprox. 3,1% ao mês
Nesse caso, o valor dos juros é maior que o valor dos juros da poupança, por exemplo, que rende 4,55% ao ano.
Para decidir então se você deve pagar à vista ou à prazo, existem dois cenários possíveis:
Cenário 1: Você tem o dinheiro para pagar à vista.
Nesse caso, se você calcular os juros embutidos e a porcentagem desses for maior que a porcentagem de rendimento de um investimento (como o exemplo da poupança), pague à vista.
Se o valor dos juros embutidos for menor que a porcentagem de rendimento do investimento, pague à prazo.
Cenário 2: Você não tem o dinheiro para pagar à vista.
Nesse caso, avalie a opção de realizar um empréstimo. Assim o cálculo fica da seguinte forma:
Se o valor dos juros embutidos for menor que o valor dos juros do empréstimo, a melhor opção é pagar à prazo.
Se o valor dos juros embutidos for maior que o valor dos juros de um empréstimo (consignado, por exemplo), a melhor opção é realizar um empréstimo e pagar à vista.
Com esses cálculos, fica muito mais simples avaliar e decidir pela melhor forma de realizar os pagamentos, comprometendo apenas o necessário da renda familiar e economizando o máximo possível.