Um pouco de meditação, luta pela mulher negra no mercado de trabalho e o desejo constante de mais oportunidades

Agarre uma oportunidade com unhas e dentes. Quantas vezes já não ouvimos essa expressão que simboliza a chance de alguém mudar de vida, realizar um sonho ou tantas outras coisas.

Mas, para vir esta transformação antes de tudo é preciso que haja oportunidade. Será que há oportunidades para todos e todas, de forma igual? Todas as pessoas conseguem mudar de vida ou realizar um sonho?

Falamos sobre isso e muito mais com a nossa convidada de hoje,  Tamara Ramos, que atua como Coordenadora de Marketing, na unidade de Jurubatuba – SP.

Tamara entrou na Coca-Cola FEMSA em 2007 como menor aprendiz e passou por várias áreas e cargos até ocupar a coordenadoria de marketing hoje.

Uma pausa, por favor

Sabe aquela pessoa agitada, dinâmica, ágil e eficiente? É o caso da nossa colaboradora! Acontece que tanta agitação a fez buscar uma pausa para si, e essa desaceleração veio com a meditação: “Na pandemia, comecei a fazer meditação. A meditação é um momento que eu tenho para mim, é quando me desconecto e consigo prestar atenção no meu interior. Acho importante ter um momento para ficar sozinha, embora a família esteja bem presente. Eu sou bem agitada e o perfil do meu escopo de trabalho também é, mas tem que ter essa necessidade (da pausa) para dar uma oxigenada em todos os campos”.

Os campos aos quais a Tamara se refere são comuns para todos: família, trabalho e vida pessoal. Equilibrar estas três frentes nem sempre é fácil e com a colaboradora não é diferente: “Trabalhamos com eventos de domingo a domingo e essa parte de conseguir separar vida pessoal do trabalho é um grande desafio por conta da demanda, mas é necessário”.

Mentalidade de dono

Pensar e agir como dono faz parte do nosso DNA KOF e a Tamara tem isso com ela naturalmente. A coordenadora não abre mão de executar suas funções da melhor maneira possível e colocar em prática esse perfil no dia a dia.

“Faço bem feito tudo o que passa por mim. O que eu sempre tento dizer para a minha equipe é que, não importa em qual parte da atividade esteja, se passou por você, é sua responsabilidade. Tudo o que eu faço, enxergo como meu. Então, o orçamento que eu cuido para cada job, trato como se fosse o meu dinheiro. Não é porque o dinheiro é da empresa que não vou ter senso crítico para saber se algo está caro ou não”.

Velha luta, novas transformações

Talvez ainda não estejamos no cenário de equidade ideal, falando de mercado de trabalho, por exemplo, mas alguns passos importantes foram dados e a nossa empresa sempre fez parte desta caminhada em direção à transformação, principalmente das mulheres no mercado. Tamara reconhece que essas mudanças fazem parte de uma luta travada diariamente, com pessoas e empresas lado a lado.

“Eu estar aqui hoje, tendo esse bate-papo com você, mostra que a empresa está em uma evolução de comportamento. A luta que nós temos, que é uma luta velha, é para que haja oportunidades para as mulheres. Acredito que pelo fato de hoje existirem oportunidades que antes não tinham, já mostra uma grande mudança de comportamento. Agora as pessoas têm noção do que acontece. Antes, a diferença que se tinha era clara, mas pouco se falava sobre essa diferença entre homens e mulheres no mercado de trabalho. Hoje, todo mundo acaba tendo conhecimento dessa fragilidade e nós temos nos posicionado um pouco mais”.

A Coca-Cola FEMSA contribui para estas mudanças e para que esta diferença que a Tamara menciona seja cada vez mais discutida e excluída. Sobre estas questões e o papel da nossa empresa, a colaboradora comenta: “Atualmente, há mais mulheres na liderança, mais mulheres em companhias ou, até mesmo, há um entendimento melhor que têm algumas posições dentro de uma companhia em que poderíamos ter mais mulheres. Um grande exemplo é a Escola de Promotoras. Foi detectado que é uma área a qual acaba sendo mais composta por homens, mas que temos mulheres no mercado. Por que não capacitar estas mulheres?”.

Tamara acha importante a participação das empresas, mas também de cada pessoa: “Se a gente detecta uma falha, o que nós como empresa podemos fazer? Já que, como empresa, nós temos uma importância muito grande para o mercado e para as pessoas. E nesse processo, quando passamos a olhar para o lado individual, o que eu estou fazendo de diferente?”

Duas bandeiras

“Carregar uma bandeira” nada mais é do que defender seus pontos de vista, a partir de suas vivências. Tamara é mulher e é mulher negra, por isso, como ela costuma dizer: “Eu carrego duas bandeiras aqui na empresa”. 

A vivência da colaboradora também é aprendizado para outras pessoas. A partir do seu ponto de vista, podemos entender, por exemplo, como é o mercado de trabalho para a mulher negra, que não é igual ao da mulher branca. Entendermos esta diferença é fundamental para criarmos consciência sobre este assunto importantíssimo.

Sobre o tema, ela afirma: “Em relação a questão da mulher negra no mercado de trabalho, a gente consegue ter um pouquinho mais de conforto, porque está se falando da pauta dentro das empresas, mas, falando do lado individual, eu ainda sinto muita falta, e aí é a questão da representatividade. Sempre acabei ouvindo que há muitos negros em setores mais operacionais e braçais. Mas, por que não o negro inserido no escritório, no administrativo, em outras posições também?”. 

Estes são questionamentos essenciais para que ocorram mudanças por um mercado de trabalho mais igualitário, entre homens brancos e negros e mulheres brancas e negras. Ainda sobre o assunto, a colaboradora pondera:

“Para o negro, a luta é sempre mais complicada. Para as pessoas que não vivenciam essa realidade, pode soar até clichê você falar para alguém fazer dos “nãos” os degraus para subir, só que o negro já vem com uma posição que é esta que o mercado coloca. A nossa luta é, justamente, para não passar por isso”.

Representatividade é uma questão de olhar para o lado e se sentir representado ou representada ou, ainda, saber que há alguém que te representa em uma empresa na qual você deseja trabalhar, por exemplo. Sobre isso, a coordenadora comenta: “Se hoje eu não tenho essa representatividade, o meu papel é muito importante, porque eu sou uma representatividade para alguém. Faço parte desta transformação e a luta e o movimento que a FEMSA vem fazendo é para que em um futuro, essa história seja contada com outros protagonistas também”.

Conhece outras mulheres transformadoras? Indique para nós enviando um e-mail para diversidade@kof.com.mx.

 

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3 Comentários

  • Alessandra Pinho disse:

    Eu só tive contato pessoal com a Tamara uma única vez e foi daquele de… uauuuu que ser humano, que simpatia. Ganhei um presente da CIA e precisei da ajuda dela, em pleno 31/12 ela com aquele sorrisão não hesitou em me ajudar. Quanta empatia!!
    No dia a dia vejo as tratativas profissionais dela e a garra que a mesma possui. Não poderia deixar de comentar nesta matéria.
    Desejo um caminho doce em sua vida!

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  • MIRELLE PRATA disse:

    A cada dia que passa a admiração aumenta, a Tamara é esse exemplo que precisa ser seguido, ouvido e valorizado!
    Parabéns pelo depoimento, pela excelente e necessária pauta.
    Siga sempre brilhando Tata!!
    Gratidão e orgulho resume tudo.

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  • Renato Genova disse:

    Essa pessoa transforma mesmo.
    Onde ela entra ambiente muda !!!!
    Parabéns pela matéria e pela pessoa escolhida !! Tamara é um exemplo.

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