Em nosso segundo comunicado em comemoração ao Mês da Consciência Negra, vamos refletir sobre o conceito de colorismo e sua importância na luta contra o racismo

O Dia da Consciência Negra é uma data celebrada no Brasil em 20 de novembro. Ela foi criada para honrar a memória de Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo dos Palmares, que resistiu à escravidão no período colonial brasileiro.

Zumbi dos Palmares foi um importante símbolo de resistência contra a opressão e pela luta por liberdade, uma vez que o Quilombo dos Palmares era um refúgio para pessoas escravizadas que conseguiam fugir para viver como seres humanos livres e dignos.

A celebração do Dia da Consciência Negra visa não apenas homenagear Zumbi, mas também chamar a atenção para a importância da cultura afro-brasileira, a luta contra o racismo e a promoção da igualdade racial.

ENTENDA MAIS SOBRE COLORISMO

O colorismo é um tipo de discriminação racial manifestada na estrutura social em que vivemos, uma estrutura historicamente construída pela branquitude.

Na prática, o colorismo estabelece uma hierarquia de valor atribuída aos diferentes traços fenotípicos das pessoas negras, em que a tonalidade da pele mais clara e outros atributos físicos que se aproximam de características de pessoas brancas são considerados mais desejáveis, enquanto a pele retinta sofre maior discriminação.

Em outras palavras, o colorismo é o ato preconceituoso de diferenciação da tonalidade da pele de pessoas negras para determinar como elas são tratadas, resultando frequentemente em hierarquias de valor em que tons de pele mais claros recebem tratamento positivo, enquanto tons mais escuros enfrentam tratamento menos favorável.

O colorismo leva, irremediavelmente, a consequências negativas, como discriminação, preconceito, estereótipos prejudiciais e baixa autoestima entre as pessoas que têm tons de pele retinta, cabelos crespos e outros traços.

COLORISMO, PRECONCEITO E CONSEQUÊNCIAS NO MUNDO CORPORATIVO

No universo corporativo, o colorismo contribui para a falta de diversidade em posições de liderança e influencia as decisões de contratação e promoção de forma injusta. Isso pode impactar negativamente a representatividade de grupos étnicos diversos dentro das organizações, além de perpetuar a desigualdade de oportunidades.

Para combater este tipo de discriminação racial no mundo corporativo, as empresas precisam adotar políticas de diversidade e inclusão que promovam um ambiente de trabalho igualitário, em que todos(as) os(as) funcionários(as) sejam tratados(as) com justiça, independentemente da tonalidade de sua pele.

Esta é uma jornada que pressupõe perseverança e comprometimento de pessoas brancas cada vez mais antirracistas, fator que se torna possível apenas com conhecimento, estranhamento diante das desigualdades, diálogo com pessoas negras e desejo de mudança.

Feito isso, o combate ao colorismo envolve a implementação de processos de recrutamento imparciais, treinamento contra preconceitos nas empresas e a criação de culturas organizacionais que valorizem a diversidade e promovam a equidade.

NA COCA-COLA FEMSA, A MUDANÇA JÁ COMEÇOU

Em nossa companhia, hoje e sempre, afirmamos que, além de conhecer, é preciso agir para combatermos juntos(as) o racismo. Temos a meta de ter 30% de pessoas negras na liderança da empresa até 2030. 

A isso se unem projetos com iniciativas transformadoras. Em 2022, 24% das empreendedoras participantes do Empreenda Como Uma Mulher eram mulheres negras. O programa é gratuito e capacita mulheres que desejam empreender e transformar as suas vidas e de suas famílias.

Enquanto isso, nosso programa Ubuntu tem por objetivo oferecer uma jornada de desenvolvimento acelerado para 31 pessoas negras que ainda não ocupam um cargo de liderança.

A jornada Ubuntu acontece por meio de uma trilha de desenvolvimento com conteúdos de soft e hard skills; autoconhecimento; antropologia; estratégia; e conhecimento do negócio, visando aumentar a prontidão para um próximo passo em posição de liderança.

E, por falar em conhecimento, fique atento(a). Em breve, vai chegar até você nosso conteúdo sobre consciência negra com indicações de livros, filmes, séries, podcasts e muitas outras formas de aprender mais sobre a luta contra o racismo e caminhos para vivências antirracistas.

 

Nossa luta contra as desigualdades começa pelo combate ao racismo.

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