Pandemia agravou ainda mais agressões sofridas pelas mulheres, mas existem diversas formas de denunciar e se proteger

Março é o mês internacional das mulheres e como forma de homenagem e em respeito a todas as colaboradoras da Coca-Cola FEMSA, as áreas de Inclusão & Diversidade e Proteção Integral juntaram forças para trazer orientações valiosas e esclarecimentos de um tema que, infelizmente, não gostaríamos que fosse real.

Sobretudo em função da pandemia causada pela COVID-19, especialmente no Brasil, a violência contra a mulher e o feminicídio tiveram uma ascensão alarmante, quando comparamos dados dos anos anteriores com os atuais.

Para se ter ideia, somente em 2020, segundo o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, foram registradas 105.821 denúncias de violência nas plataformas do Ligue 180 e do Disque 100.

Como saber se o que você está enfrentando é violência doméstica ou familiar?

De acordo com a Lei nº 11.340 de 2006 – conhecida como Lei Maria da Penha – existem cinco formas de violência doméstica e familiar:

  • Física bater, chutar, cortar, queimar, ferir, apertar ou empurrar
  • Psicológica – ameaçar, controlar o que você faz, isolar de amigos e familiares, amedrontar, violar a sua intimidade, impedir que você saia de casa
  • Sexual obrigar a fazer sexo com outras pessoas, forçar a relação sexual, forçar a ver imagens pornográficas
  • Patrimonial queimar ou rasgar fotos e documentos pessoais, destruir material de trabalho, controlar sua conta, impedir que você tenha acesso a itens básicos
  • Moral falar coisas sobre você que não são verdadeiras, acusá-la de algo que você não fez, xingá-la na frente de outros

Além disso, existem alguns tipos de violência digital que a mulher também pode sofrer e que são consideradas crime, como:

  • Ser exposta ou constrangida por meio da divulgação de imagens íntimas
  • Utilizar a Internet ou outro meio digital (mensagens no celular) para perseguir, assediar ou ameaçar, causando medo

Busque ajuda

Violência contra a mulher é crime e você deve procurar ajuda se estiver enfrentando essa situação. Tome os cuidados necessários e não hesite em procurar ajuda e/ou denunciar uma situação de agressão, seja ela qual for.

O que fazer para garantir a sua segurança?

  • Se estiver passando por uma emergência, ligue para o 190
  • Em situação de risco, crie mentalmente uma rota de fuga para sair em segurança do ambiente
  • A melhor forma de prevenção é evitar o conflito direto: discussões, ameaças e xingamentos são uma demonstração de que o clima está desfavorável
  • Mantenha contato frequente com pessoas de sua confiança, como amigos, filhos, familiares e vizinhos
  • Combine códigos de emergência com essas pessoas: sinal, gestos, palavra ou objetos na janela, frases combinadas ao telefone, para que elas possam alertar as autoridades em caso de urgência
  • Mantenha distância de armas e facas
  • Caso possua automóvel, tenha o hábito de deixar o carro de modo que possa usá-lo rapidamente, em caso de necessidade
  • Se não conseguir buscar ajuda em nenhum órgão da rede de atendimento (ou na rede informal de familiares e amigos), busque proteção nos serviços essenciais abertos ao público (supermercados e farmácias)

Reforçamos também alguns canais para pedir ajuda em situações de violência doméstica:

Ligue 190 – para denunciar violências e solicitar a presença de uma viatura da Polícia no local em que estão acontecendo as situações violentas no momento.

Ligue 180– para registros de denúncias, orientações para vítimas de violência e informações sobre leis e campanhas.

Centro de Referência de Atendimento à Mulher – espaço destinado a prestar acolhimento e atendimento humanizado às mulheres em situação de violência, proporcionando atendimento psicológico e social, e orientação e encaminhamentos jurídicos.

Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher – unidades especializadas da Polícia Civil, que realizam ações de prevenção, proteção e investigação dos crimes de violência doméstica e violência sexual contra as mulheres.

Mete a Colher – atendimento, apoio e orientações via redes sociais. Acesse Instagram @appmeteacolher e Facebook appmeteacolher

Instituto Maria da Penha – enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher. Acesse www.institutomariadapenha.org.br, Instagram @institutomariadapenha e Facebook InstitutoMariadaPenha

Além disso, o time de assistentes sociais da KOFBR pode te apoiar com orientações.

Temos uma quantidade expressiva de mulheres em nossas equipes e temos consciência de que, infelizmente, algumas podem estar enfrentando algum tipo de violência somente pelo fato de serem mulheres. Por isso, esperamos que vocês denunciem e não fiquem caladas diante de alguma situação de risco ou ameaça.

Nós dizemos não à violência contra a mulher! Juntos e juntas, somos mais fortes!

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