Dezembro é marcado como o mês da luta contra a aids. Veja, na matéria completa, mais informações sobre o HIV e esclareça todas as suas dúvidas

A aids (síndrome da imunodeficiência adquirida, em português) é uma doença que danifica o sistema imunológico e, assim, interfere na capacidade do organismo de combater infecções. Causada pelo vírus HIV (human immunodeficiency vírus), a doença ainda não tem cura, e, por isso, o acesso à informação adequada sobre prevenção e métodos de tratamento é tão importante. 

Segundo dados da UNAIDS, o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS, até o fim de 2018 eram 37,9 milhões de pessoas no mundo vivendo com o HIV, e, aproximadamente, 770 mil pessoas morreram de doenças relacionadas à aids. Entre as principais vítimas do contágio estão as mulheres. Todas as semanas, cerca de 6 mil jovens entre 15 e 24 anos são infectadas pelo HIV.

Toda pessoa com aids é HIV positivo, mas o inverso não é verdadeiro.

O diagnóstico precoce, aliado a um estilo de vida saudável, e utilização dos medicamentos corretamente diminuem muito as chances da manifestação da aids, ao evitar que o sistema imunológico seja comprometido.

Como o HIV é transmitido?

O vírus HIV é transmitido pelo sangue, sêmen, secreções vaginais e pelo leite materno. Na maioria dos casos, o contágio acontece por conta de relações sexuais sem utilização de preservativos, mas também pode ocorrer por transfusões de sangue, procedimentos com material contaminado ou contato com ferimentos.

A aids tem sintomas?

É muito difícil reconhecer os sintomas logo após a infecção pelo HIV. Os primeiros indícios da doença, como febre e mal-estar (que lembram a gripe), fraqueza, diarreia e gânglios aumentados – sintomas comuns em outras doenças – começam a aparecer normalmente de três a seis semanas após o contágio.

Os sintomas mais graves aparecem normalmente após um bom tempo da invasão do HIV no sistema imunológico e são:

  • Perda de peso
  • Anemia
  • Perda de memória e dificuldade de concentração
  • Aparição de doenças oportunistas, como hepatites virais, tuberculose, pneumonia, toxoplasmose, candidíase e sarcoma de Kaposi (um tipo de tumor de pele)

Como se prevenir contra o HIV/aids?

Como a doença ainda não tem cura, o melhor caminho é a prevenção. Essas são as recomendações para prevenir o contágio:

  • Utilize sempre preservativos nas relações sexuais
  • Nunca compartilhe seringas, agulhas e objetos cortantes
  • Quando optar por fazer tatuagens e piercings, escolha locais confiáveis que façam os procedimentos com material descartável
  • Realize periodicamente o teste de HIV, disponibilizado em postos de saúde gratuitamente
  • O tratamento de grávidas infectadas com o HIV deve ser feito o quanto antes para evitar a contaminação HIV da criança ao longo da gravidez e na hora do parto
  • Encaminhe à PEP – profilaxia pós-exposição – as pessoas que foram expostas a situações de risco para que sejam administrados medicamentos para conter a infecção inicial
  • Uma opção para quem comumente está exposto a situações de risco é recorrer à profilaxia pré-exposição (PrEP), que também é disponível na rede pública.

Como é o tratamento da aids?

Infelizmente ainda não há cura para a doença, mas, atualmente, é possível realizar o controle total da doença. As chances de amenizar os danos ao sistema imunológico são bem altas quando a doença é diagnosticada precocemente. 

O tratamento é realizado com um coquetel anti-HIV, que é uma combinação de medicamentos que vão atacar o vírus em diferentes estágios. Com isso, é possível evitar a destruição do sistema imunológico e evitar complicações pela imunodeficiência.

Também é utilizado o coquetel antirretroviral, que pode ser receitado até mesmo antes da síndrome se manifestar. Esse tratamento aumenta as chances de sobrevida e melhora bastante a qualidade de vida do paciente, mesmo que em seu início possa ter efeitos colaterais como diarreia, vômito, náuseas e insônia.

 

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