Mãe, excelente profissional e dona de uma história que inspira

Estudo, trabalho, dedicação, cuidado, atenção, amor. Equilibrar todas estas palavras, que significam atividades e sentimentos tão valiosos, nem sempre é fácil. 

Talvez as coisas não tenham ficado mais fáceis, mas certamente houve mudanças importantes no mercado de trabalho e na vida das mulheres que equilibram a rotina familiar com a trajetória profissional.

É o caso da Michele Oliveira, mãe do Thiago de 6 anos e vendedora em Campo Limpo (MS). Já são 10 anos de Coca-Cola FEMSA, em uma trajetória que começou como jovem aprendiz. De fato, foram anos de muito aprendizado, dentro e fora da empresa.

Mais do que um diploma

Não é novidade que a maioria das pessoas que querem fazer uma faculdade e alcançar bons empregos precisam conciliar os estudos com o trabalho. E “se já é difícil trabalhar e estudar para todos, imagine para uma mãe sozinha?”.

A pergunta da Michele abre margem para refletirmos sobre os diferentes caminhos que cada pessoa percorre em busca de seus objetivos. Sobre os anos na faculdade, ela afirma: “muitas apresentações de trabalhos com o filho no colo, muitas aulas assistidas enquanto amamentava e houve, também, dificuldade financeira”. Depois de muito esforço, a colaboradora concluiu o curso de Administração de Empresas em janeiro, deste ano.

Consciência que vale ouro

Michele adquiriu muito conhecimento na faculdade, mas também aprendeu muito com a própria vivência como mulher. Ela é dona de uma consciência de gênero muito importante e fundamental na busca por equidade com os homens. “Sempre digo que por sermos mulheres, temos que ser duas vezes melhores. O maior desafio é lidarmos com o machismo estrutural”.  

O machismo estrutural é um conceito que expressa uma cultura pautada na não igualdade entre homens e mulheres.

Um exemplo são as tarefas naturais, diante de um filho, que muitas vezes são atribuídas direta e unicamente às mulheres. Sobre isto, a colaboradora questiona: “Perguntas como ‘não é ruim para você trabalhar e deixar o seu filho em casa?’ ou ‘mas se o seu filho ficar doente, você não precisaria levá-lo ao médico?’ também são feitas aos homens/pais? Afinal, cuidar do filho é um dever de ambos, certo?”.

O machismo estrutural pode ser combatido com pequenas atitudes no dia a dia, como na divisão de tarefas em relação ao filho, mas também nos afazeres domésticos, afinal, o homem não “ajuda” a mulher, mas sim “divide” as obrigações de casa com ela. Ao utilizarmos o termo “ajudar”, damos a entender que aquelas tarefas são naturalmente da mulher, que recebe um auxílio do homem. Já a palavra “dividir” passa a ideia de que houve uma separação das tarefas que são dos dois.

Outro bom exemplo é em relação ao respeito à fala de uma mulher, que não deve ser desmerecida ou interrompida pelo simples fato de ela ser do sexo feminino.

É de extrema importância que essa consciência se estenda às empresas e ao mercado de trabalho.

Também ajudamos a transformar

Sobre o papel da FEMSA nesse contexto de consciência de gênero, Michele afirma que “nós (FEMSA) estamos muito à frente nesse quesito, fico extremamente feliz em participar de uma entrevista como essa, por exemplo, tivemos também o café com as mulheres, no qual debatemos sobre a equidade, conhecemos mulheres em cargos de lideranças, cargos operativos e compartilhamos a sororidade. Ao longo desses anos aqui, tive três chefes imediatas que são mulheres e atualmente minha gestora é uma mulher. Isso só mostra o quanto estamos transformando o mercado de trabalho”. Afinal, #ElasTransformam!

Ainda sobre o combate ao machismo estrutural na FEMSA, a colaboradora afirma que “treinamentos e projetos, como os que já estão sendo feitos” são uma ótima alternativa. E complementa: “é um trabalho árduo e não é fácil, mas estamos no caminho certo”.

Ao longo deste caminho, a Coca-Cola FEMSA entende, também, a importância da presença da mulher no mercado de trabalho em condições justas em relação ao homem.

É justamente isso o que pensa Michele que, para os próximos anos, espera “um número maior de mulheres no mercado de trabalho e que essas mulheres sejam ouvidas e valorizadas em suas funções e que tenham as mesmas oportunidades e os mesmos salários”.

Quanto cabe em uma mãe?

Talvez não seja exagero dizer que “ser mãe” é uma das maiores “profissões” que existem. Quiçá, cada mamãe desempenha várias profissões ao mesmo tempo. É o caso da nossa entrevistada que, além de venderora, também se considera “médica, advogada, pedagoga, terapeuta”.

E não é para menos, já que o pequeno Thiago, seu filho, tem TEA (transtorno do espectro autista) e, de acordo com Michele, “o autismo ainda é uma incógnita para a medicina, há leis que ainda precisam de aprovações e elaborações e, por trás de tudo isso, existe uma mãe que luta pelo filho, com muito amor, carinho e dedicação”.

A história da Michele é mais do que um lindo roteiro da vida real, é também inspiração para outras mulheres transformadoras. E é para estas mulheres que ela diz: “Somos capazes de fazer tudo que quisermos, então, acreditem em vocês, acreditem na sua capacidade e no seu potencial. Pratiquem a sororidade, apoiem as mulheres na liderança e comemorem as nossas conquistas. Juntas, somos mais fortes”.

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